Não costumo ler livros sobre as Guerras Mundiais. Sabemos sempre um pouco, aprendemos em miúdos, lemos artigos aqui e ali, há inúmeros filmes que nos mostram e ensinam imenso. Mas digo “um pouco” porque realmente falta-nos (ou me) imensa informação. Inúmeras facetas ou ângulos desses tempos a que a nossa geração não assistiu.

 
Alguém me recomendou este livro. Torci o nariz porque o título não me atraiu mas ainda bem que o li. Gostei imenso. E o nome e porquê da Sociedade claro que passa a fazer sentido.
 
Passa-se em 1946 mas leva-nos a um dos milhares episódios da 2ª Guerra. A invasão Nazi na ilha britânica de Guernsey, a brutalidade dos alemães. Ficção baseada em histórias reais. Personagens encantadoras (acho que nunca tinha escrito esta palavra mas é mesmo o adjectivo adequado) que contam como tentavam entreter-se e sobreviver àqueles tempos tão brutos e injustos.
 
E como é que são contadas estas histórias? É um detalhe maravilhoso e original deste romance: é todo (aliás, TODO) escrito em cartas. Entre a protagonista, a escritora Juliet Ashton, e os amigos desta, e depois também entre Juliet e os habitantes da ilha. E enquanto acompanhamos os relatos lendo correio alheio, encantamo-nos com eles e com elas, sofremos e festejamos em conjunto e percebemos o porquê das amizades que aqui nasceram.
 
Tão giro que foi adaptado a filme. Mas prefiro sempre o livro, e é esse que recomendo.