Como explicar os sonhos a uma criança?
Não, não falo daqueles que até inconscientemente e desde cedo incutimos nos miúdos (“O que é que queres ser quando fores grande?”), falo dos literais.
Hoje de manhã (madrugada, na verdade) o meu filho Matias (3 anos e 4 dias) acordou muito preocupado com a bola de futebol que “foi para o outro lado”. Nota: ele nem tem bola de futebol, é mais fã da bicicleta.
Há anos, o Vasco, nosso primeiro filho, por volta da mesma idade, acordou a perguntar pelo queijo que devia estar na mesa ao lado da cama. Oi? “O queijo que o pai pôs nesta mesa”.
Quando percebi do que se tratava, expliquei-lhe que tinha sido um sonho, ele estava a dormir.
Resposta maravilhosa (e lógica):
“Se eu estava a dormir, eu estaria de olhos fechados e eu VI o pai a pôr o queijo!”.
Giro, não é? O problema é quando são pesadelos... Coitados, os sustos que apanham, e a dificuldade em acalmá-los...
Já não me lembro com que idade é que finalmente distinguem, mas realmente há coisas que já nem nos ocorrem e tem graça eles fazerem-nos pensar nisso.
Não nascemos ensinados e muitas coisas óbvias não o são desde sempre.
Sonia
Mar 15, 2019Ana
Mar 15, 2019sonia querido
Mar 15, 2019